Sobre riachos

Pele macia, bumbum de nenê. Pálida. A boca um tom de coral e longos cabelos vermelhos vivos sem fim. A menina corria em direção ao riacho nos fins de semana, era sagrado. E nadava até o pôr do sol, a correnteza brincando com o seu corpo e o vento alternando entre o frio e o calor. Gostava daquilo, de se sentir parte do mundo, mesmo que não fosse tanto assim. Para ela, paz significava natureza... e tudo, tudo tinha de ser o mais natural possível.
Até nos dias de tempestade quando seu riacho se revelava capaz de engolir todas as flores das margens continuava a ser seu ponto de refúgio. Porque uma coisa que é sua nunca deixa de ser, nem nos tempos de maior tormenta, nem nos de maior tensão, nem em qualquer outro tempo.
Mas num determinado dia ela precisou ir embora, essa coisa de ir embora acontece muito com as pessoas. E as águas do riacho secaram. A paisagem desmoronou com as tragédias de cada dia.

Só que ainda não foi o fim de história.
Sua mente ingênua a confundia, mas nunca a enganava. Ela sabia de certo que havia outros lugares no mundo onde poderia encontrar coisas boas.
Ainda há e nem todos secam.

2 comentários:

  1. oi sara : )
    tou vendo que seu sobrenome vai ficar muito feliz, já que isso é um comentário, num é? oaehu x}

    tava lendo suas coisas, é legal, sabe, ficar lendo, lendo, as coisas passadas, chega uma hora que você até pensa que já conhece a pessoa...enfim


    a gente se vê

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  2. Lindo texto Sara :)
    e claro,pode imprimir a sequencia de alongamento,eu peguei no Google hehehe
    beijao

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