Baboseiras de fim de ano

É comum para mim já não ter o que dizer no final do ano. Talvez eu tenha ultrapassado a minha cota anual com todo o meu falatório e, por isso, os últimos dias de 2010 estão perdidos em palavras clichês. Culpada. Mas aqui dentro... tanta coisa anda se passando, tanta coisa que eu nem posso imaginar em como seria tentar descrever. E eu nem esperava mais isso para o final do ano, mas, se há uma coisa que eu aprendi foi que não adianta fazer planos para um futuro que você não domina.
Eu cresci. Cresci, em 2010, mais do que nunca! Sinto que posso alcançar o céu... ou, que tô quase lá.
E o melhor de tudo é acabar o ano com uma felicidade sem tamanho, convicta de que tudo o que aconteceu serviu para alguma coisa e com aquela especialidade que a gente tem de montar expectativas para o ano que vem.
E o que eu sinto, bem, é essa mistura toda e aquilo que eu já havia falado no ínicio, que eu não consigo descrever, porque no fim ninguém espera que nada de extraordinário - além do reveillon - aconteça mesmo, mas, 2010 soube guardar muito bem de mim altas emoções.
À propósito ainda devo desejar: Feliz ano novo!

E saibam que continuarei tagarelando, não posso ser "block" logo agora né...

Questões familiares sobre os tênis jogados na sala de estar

Quando se tem de conviver com tantas pessoas é impossível não se acostumar com certas coisas: Mesa barulhenta no Domingo, ter sempre alguém bisbilhotando, ter que esconder sua caixa de chocolate de vez em quando, acordar com as tentativas de comunicação de quem está no banheiro com quem está na cozinha, não poder ligar o som num volume tão alto assim porque alguém (sempre alguém) vai estar lendo, as brigas pelo controle remoto da TV, a bagunça, e, no meu caso, os tênis jogados na sala de estar depois da escola.
Não é uma coisa que eu faça, embora desde pequena tenha que aturar o chulé vindo das meias brancas largadas no sofá, mas hoje não estou para reclamar, vim até defender a causa. Sabe como é, né?! Esse negócio de acordar com um sorriso e querer ser conveniente. Pois então.
Tudo começou quando as semanas de aula se tornaram cada vez mais irregulares, todos sabiam o que estava por vir: férias. E como todo bendito ser humano só sente falta quando perde - ainda que o que foi perdido tenha sido, por muito tempo, um infortúnio -, foi, naturalmente, o que me aconteceu. Porém apesar da casa ainda continuar bagunçada devido ao excesso de ócio propiciado aos seus moradores houve uma mudança: a bagunça não gira mais em torno do cansaço estudantil e, sim, em torno do descanso. Exatamente!
Ao longo de todo ano letivo quatro estudantes exaustos chegavam em casa preparados para o rango e dispostos a lutar por apenas uma coisa: um espaço no sofá. Só que dois deles, mais indisciplinados - os mesmos que deixam as toalhas em cima da cama após o banho - resolviam deixar de lado suas tarefas domiciliares e jogar em qualquer lugar tênis, meias e uniformes. Qualquer mãe reclamaria. Apesar disso o ato se repetia diariamente. Claro, meus dois irmãos não estavam cobertos de razão mas tinham uma desculpa: estavam cansados, mainha!, acabaram de chegar, os pobrezinhos.
No final desse ano, porém, finalmente eles aprenderam a guardar os calçados no lugar certo depois de um ou outro comentário de desaprovação.
As férias chegaram e só agora me dei conta de que os tênis estavam ali, na nossa sala, a cada dia de aula. E me pergunto porque falar de um assunto tão incômodo, se não for pelo fato de que eu talvez esteja com saudades de coisas que sei que não durariam para sempre. Do mesmo modo que um dia deixamos de pedir ajuda e aprendemos a amarrar os cadarços sozinhos.

Mais um olá

Nunca tive medo do recomeço. Tenho medo de falhar, de não fazer direito. Tenho pena do que ficou para trás, do tempo investido - que me serviu, de certa forma -. Mas recomeçar, se for preciso, eu faço, mesmo quando significa começar do zero. Já limpei a poeira, arranjei um nome legal, planejei um layout atraente (que, como todos os outros, não vai durar tanto) e pensei num texto de início, no caso, este. Agora conto com a minha determinação, que ela esteja comigo sempre com o mesmo gás que mostra agora.
Olá! Eu me chamo Sara e já tive milhões de blogs, venho andando por esta blogosfera desde abril de 2008, Bulhufas é mais uma tentativa. Talvez seja um acerto, e você me ouça gritar "gol!".

O blog antigo: http://www.s-msa.blogspot.com