Vida a te esperar

Mal perdi o efeito grogue que o sono provoca e já penso em você... de repente, a imagem de seu sorriso singular alastra-se em minha mente feito um calmante, uma luz no início do túnel, feito cena do meu filme favorito, tão digna de “replay”.
Sabe, a rotina que não compartilhamos tem sido difícil mas, lembrar de você a cada segundo com prioridade me faz questionar a medida da distância que nos separa... se ela, de fato, só por ser capaz de afastar os corpos, já é tão tal a ponto de limitar o amor - o que eu, convictamente, creio que não.
Enquanto houver esses momentos cujos quais eu gostaria de poder vivê-los desfrutando da sua presença, raramente outra coisa seria mais apreciada do que aqueles em que o desejo de outrora é a realidade valendo a pena.
E, quando você chegar com o mesmo sorriso singular que me acalma – e, nesse instante, terá o efeito contrário – e pronunciar meu nome com o olhar, irei rumo ao abraço, na pressa de quem já não aguenta fingir paciência. Rirei do seu novo corte de cabelo. Exibirei meus modos desajeitados de sempre. Te ensinarei, mais uma vez, o caminho até a sala de estar. E ficarei contente de poder ouvir sobre os momentos que eu perdi e sobre o quanto você queria que eu tivesse estado lá da mesma maneira que eu mesma queria você aqui... como se fizesse diferença, desde que estivéssemos juntos.
A rotina, enfim, seria recompensada. A expectativa do reencontro, superada. E, o nosso amor expresso, impresso na foto que, mais tarde, dispensaria legendas.
Pois todo o tempo que vivi, estava a te esperar. 

Um comentário:

  1. Então espere, se isso te acalma e alimenta, acho válido e digno se é do que precisamos.
    Abraços.

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